terça-feira, setembro 03, 2013

Rússia tem provas de ataque químico foi da oposição, diz embaixador sírio

Moscou – A Rússia tem provas de que o ataque com armas químicas nos arredores de Damasco em 21 de agosto foi perpetrado pela oposição ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, afirmou nesta hoje (3) em Moscou o embaixador sírio no país, Riad Haddad.

"Todas as provas e dados mostram que foram precisamente os grupos armados (da oposição) que usaram armas químicas em Guta Oriental, perto de Damasco", disse Haddad, citado pela "Interfax", em um discurso perante a câmara Pública russa, órgão consultivo do Kremlin.

O chefe da missão diplomática síria em Moscou explicou que a "Rússia apresentou provas com fotografias que mostram o lugar e hora na qual foi lançado o foguete contra Guta Oriental".

"Por acaso há alguém que acredita que o Governo da Síria possa usar armas químicas no momento em que uma comissão internacional começa seu trabalho e chega a Damasco a pedido da parte síria?", ressaltou o diplomata.

Haddad ressaltou que "a história com as armas químicas surgiu justo no momento quando o exército sírio começou a ganhar batalhas em todas as zonas dos arredores de Damasco".

"A informação sobre ataques com armas químicas começou a se estender para frear o avanço das tropas governamentais sírias", acrescentou.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, reiterou ontem que as provas apresentadas pelos Estados Unidos sobre o suposto uso de armas químicas pelas tropas governamentais sírias não são concretas e não convenceram Moscou.

No domingo, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que seu país tem provas de que o regime sírio usou gás sarin no suposto ataque com armas químicas na periferia de Damasco em 21 de agosto.

A Síria prepara-se para ser atacada a qualquer momento por uma aliança militar liderada pelos Estados Unidos, depois que o presidente norte-americano Barack Obama anunciou que castigará com uma limitada ação armada o regime de Assad pelo uso de armas químicas contra a população civil, algo que Washington dá por feito.

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