domingo, dezembro 13, 2009

O Imperialismo continua o mesmo

A Secretária de Estado Hillary Clinton, dos Estados Unidos, ameaçou com “conseqüências” os países latino-americanos que mantém relações com o Irã, conforme matéria publicada no jornal “O Estado de São Paulo”. O fato alegado pela Secretária estadunidense é de que o Irã é perigoso por tentar desenvolver armas nucleares.

Por esta ótica os países latino-americanos deveriam cortar relações com os países que já desenvolveram as ditas armas, como os Estados Unidos, França, Inglaterra, China, Israel, Índia, Paquistão, Rússia e Coréia do Norte. Porque esses países podem ter armas nucleares e os demais países do mundo não?

Aliás, a tecnologia nuclear está cada vez mais próxima dos demais países. No futuro mais países terão capacidade de desenvolver artefatos nucleares. Isso garantirá a esses países que não serão invadidos por possuírem riquezas naturais como o Iraque está sendo. Se o Iraque, de fato, tivesse armas nucleares, os Estados Unidos jamais os teriam atacado. Assim como não se atreveram a atacar a Coréia do Norte, que os desafiam constantemente.

Ainda, segundo o jornal, a Hillary Clinton, manifestou preocupação com a Venezuela, onde Chávez, pode se eleger por tempo indeterminado, com a Nicarágua, que Ortega pode obter um novo mandato. A seletividade é gritante da Secretária estadunidense. E o Álvaro Uribe, metido até o pescoço com o narcotráfico, segundo denúncias recentes, não é preocupação pelo seu terceiro mandato? Logo ele que transformou aquele país num satélite dos Estados Unidos? Porque a Secretária não fica preocupada com governos da Alemanha, Inglaterra e França que também podem governar por tempo indeterminado?

Por falar em democracia, porque os Estados Unidos apoiaram o golpe de estado em Honduras? Jamais esse golpe seria dado sem o aval dos Estados Unidos.

O que é a democracia para os Estados Unidos? São os países subvernientes, como era o Paquistão, no tempo que era governado por uma ditadura? São os sucessivos governos ditatoriais implantados na América Latina nas décadas de 1960 e 1970 pelos governos estadunidenses e apoiados por estes?

Os Estados Unidos que tiveram duas eleições fraudadas e usam da tortura como em Guantánamo, são uma democracia?

No que se refere as conseqüências ameaçadas pela Clinton? Sabotagens feitas pela CIA, como ocorreu e ocorre em toda América Latina? Golpes de estado como em Honduras ou na tentativa da Venezuela? Invasão militar, como no Iraque, Panamá, entre outros?

Os países do continente não são nações soberanas que podem ter relações diplomáticas com quem quiserem?

Será que no tempo em que o Paquistão era governado por uma ditadura e apoiado pelos Estados Unidos, os países latino-americanos poderiam ameaçá-los, caso não cortassem relações com esse país?

O fato de deter o poder nuclear, o que os fazem forte, e receio de que outras nações o tenham, o que o enfraquecem sua posição no mundo é a causa pela qual os estadunidenses vêm tentando desnuclearizar os demais países? Se todos os países do mundo tiverem artefatos nucleares, os Estados Unidos não poderão mais invadir nenhum, como vem ocorrendo corriqueiramente no mundo desde o século XIX. E de nada valerá sua supremacia militar.

É lamentável a posição do jornal “O Estado de São Paulo”, que publica uma matéria dessas sem nenhuma crítica a postura imperial dos Estados Unidos. A mídia brasileira, que conhecemos como Partido da Imprensa Golpista – PIG é pautada por Washington?

Afinal é mais barato comprar jornais e jornalistas do que invadir países.

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