quinta-feira, março 26, 2009

Brasil já passou pelo pior e crescerá até 2,5% em 2009, prevê Ipea

O Brasil terminará o ano de 2009 com um crescimento econômico de entre 1,5% e 2,5%, após ter passado pelo pior momento da crise global, que provocou uma contração de 3,6% no último trimestre do ano passado, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

"Mesmo com a crise mundial, a economia brasileira vai crescer neste ano. Mas vai crescer pouco: entre 1,5% e 2,5%", após ter avançado 5,1% no ano passado, segundo a Carta de Conjuntura do Ipea.

A previsão do organismo está de acordo com a do Governo, que este mês reduziu sua previsão de crescimento para 2009 de 3,5% para 2%.

O cálculo, no entanto, está muito acima do esperado pelos economistas dos bancos privados, que esperam uma expansão de apenas 0,58% este ano.

O estudo do Ipea prevê para este ano um déficit na balança de conta corrente do país de entre US$ 18 bilhões e US$ 25 bilhões, em consequência da saída de recursos estrangeiros do país e da queda das exportações.

Segundo os economistas do Ipea, após a forte contração do último trimestre de 2008, o país conseguirá se recuperar ao longo de 2009 e terminará o ano com crescimento, mas não tão elevado como se previa inicialmente (5%).

De acordo com o Ipea, após ter passado o pior da crise, a economia mundial, embora de forma lenta, terá uma melhoria gradual nos próximos meses, como resposta às políticas econômicas adotadas por diversos Governos.

"Este resultado será reflexo de uma trajetória de recuperação ao longo do ano, em que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá a taxas mais expressivas a partir do segundo semestre", afirmou.

Segundo as previsões do Ipea, o Brasil registrará no primeiro trimestre deste ano uma taxa de crescimento de 0,2%, que aumentará progressivamente para 1,6%, no segundo; 2,5%; no terceiro, e 3,1%, no quarto.

Esta previsão descarta a possibilidade de que o Brasil possa terminar o primeiro trimestre com um diagnóstico de recessão técnica (dois trimestres consecutivos de contração).


CUT

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