quarta-feira, agosto 13, 2008

Dilma: novas reservas de petróleo vão fortalecer indústria e políticas sociais



A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (13) que o Brasil utilizará as riquezas conquistadas a partir da exploração da chamada camada pré-sal para ampliar o nível de industrialização do País e reforçar políticas sociais, como as de educação.

Segundo a ministra, que participou do sorteio de municípios que terão obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) fiscalizadas, o Brasil não sofrerá a "maldição do petróleo", tese segundo a qual as nações com alto potencial exploratório engessam o crescimento industrial e não conseguem se desenvolver internamente.

"A chamada, muitas vezes dita na literatura internacional, maldição do petróleo, em que os países que têm petróleo, geralmente, são países com pouca industrialização, nem isso nos afetará. O Brasil será sem dúvida um País capaz de transformar essa riqueza (do pré-sal) em um grande benefício para a sua população", disse a ministra.

"Nós não somos um país qualquer. Nós temos uma indústria diversificada, todo um processo em andamento de industrialização da economia brasileira, que pode vir a permitir que o Brasil seja também um grande país na área da indústria naval, dos equipamentos e da produção de bens e materiais, que serão utilizados pela própria indústria petroleira e também pela indústria química e petroquímica", completou.

Ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, com a eventual alteração da Lei do Petróleo, o País poderia destinar uma parte desse dinheiro para resolver definitivamente o problema da educação.

A ministra Dilma evitou comentar se os estudos que o grupo interministerial do governo sobre alterações na Lei do Petróleo reforçam a tese de uma nova estatal para o setor, exclusivamente para administrar a exploração na camada pré-sal.

"A diretriz estratégica fundamental é a de que esse imenso recurso transforma o Brasil de país importador de petróleo, no máximo auto-suficiente, num país que seguramente pode vir a ser um dos países exportadores de petróleo e com um posicionamento diferenciado no mundo", defendeu.

"De fato o pré-sal é um recurso tão importante para o futuro da nossa geração, mas sobretudo das próximas gerações do País, que ele é um recurso do conjunto da população brasileira. Isso define fundamentalmente o princípio que vai nortear o governo no seu uso", explicou a ministra.

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